quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

CARTA ABERTA DOS JORNALISTAS DIPLOMADOS PROFISSIONAIS DE SETE LAGOAS

Os jornalistas diplomados profissionais que atuam em veículos de comunicação e em empresas públicas e privadas de Sete Lagoas vêm, por meio deste documento, esclarecer que a Associação de Imprensa de Sete Lagoas (Assim) não representa todos os jornalistas e profissionais da área de comunicação e que quaisquer ação e pronunciamento desta nunca foram e nem serão feitos em nome dos jornalistas. A classe de jornalistas diplomados profissionais entende que as práticas comerciais da Assim não compactuam com o exercício sério do jornalismo enquanto instrumento de cidadania e democracia através da informação verdadeira, isenta e imparcial.

Esta iniciativa faz-se necessária, uma vez que a referida Associação se pronunciou em nome da imprensa sete-lagoana durante coletiva no Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sete Lagoas (SAAE) na manhã do dia 19 de janeiro, surpreendendo a todos os presentes. Em público e se dirigindo à presidência da autarquia, o integrante da Assim alertou que, para que o SAAE tivesse o apoio da imprensa local, seria necessário um “faz-me rir”, referindo-se à verba publicitária por meio de anúncios da autarquia nos veículos locais.

Temos ciência de que um jornal não se mantém sem receita e que a prática publicitária é, inclusive, determinante para a sobrevivência de um veículo de comunicação. Até aqui, não há novidade nessa relação. No entanto, o que queremos com esse documento, é evidenciar que a relação corrompida dos veículos de comunicação com suas fontes, que negociam apoio ou ameaçam veladamente a depreciação, em nada contribui para o desenvolvimento da nossa cidade, quando não se ocupa do fundamental papel do jornalismo: ser fonte por onde a população se informa do que acontece na cidade, em seus diversos aspectos. Essa forma arcaica de fazer comunicação, por não se preocupar com a qualidade da informação que produz, mas com interesses outros, torna o ambiente de Sete Lagoas pouco profissional, desvaloriza a categoria e ignora a responsabilidade que o conteúdo dos veículos possuem na formação de opinião dos cidadãos.

Nossa manifestação legítima preza pela prática do jornalismo ético e compromissado com a verdade, que beneficia tão unicamente a população e aponta críticas, caminhos e alternativas para que se possamos, juntos, construir uma cidade menos violenta e mais moderna para se viver. Esta Carta Aberta é também uma forma de dizer que, por acreditarmos em uma Sete Lagoas mais digna, nos manifestamos: informação não é comércio, é um direito de todos.

Este documento foi elaborado pelos profissionais que atuam em Sete Lagoas, em homenagem ao nosso saudoso colega e jornalista, Fred Rezende.

JORNALISTAS DIPLOMADOS PROFISSIONAIS DE SETE LAGOAS

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